Odisséia
Há anos luz de minha era
Vago sem rumo pela vida
Que segue e nada espera.
Desprezo a seta que o caminho indica
Prefiro atalhos, que até Deus duvida,
Por vezes mais longos e desertos,
Falsamente iluminados pelo brilho fugaz
De amores inertes e incertos
Onde pouco prazer fica,
Desperdiçando energia e paz.
Não fossem as sementes,
Germinadas na angústia,
Com suas flores tristes,
Tudo estaria perdido e ausente
Nesta odisséia sentimental que persiste,
Indiferente ao coração e sua astúcia.
Lisa - 07.02.2011