O refúgio da arte

Dentro do passado muitas histórias

Muitos ombros, tombos, beijos

Nenhum igual ao outro com certeza

Em caba boca um diferente desejo

Emaranhado de sentimentos

Reais, frívolos, fatais

Quentes, outros frios até demais

Quantas palavras não ditas

Ditas tantas outras mentiras

Não refazer o caminho é impossível

Não pensar no que passou é não viver

Ouvir canções como as nossas é certeza

Indiferente é agora meu viver no vento

Deixo-me levar em pensamento

E vou invadindo espaços que não são meus

Tenho que parar de me mostrar

Esconder novamente meu tesouro

Repartir seria conquistar novamente

E meu passado me ocupa, me faz viva

Me basta saber o que eu já sei

Descobrir mais seria inventar o que não existe

A venda diante de mim se faz concreta

Sigo minha sina dentro de cores que inventarei ainda.

Ana Maria de Moraes Carvalho
Enviado por Ana Maria de Moraes Carvalho em 24/02/2011
Reeditado em 25/02/2011
Código do texto: T2811993