O PASSEIO DA MORTE

O PASSEIO DA MORTE

Vou montado em um negro corcel,

Viajando por mundos decadentes,

Assistindo a seres dementes,

Adubar com carnes humanas

e borrifar de sangue, as terras...

Nos caminhos do espaço (eu invisível),

aos mandantes empresto,

minha lâmina de aço.

E os vejo, lá do alto impassível,

pelo ouro fazer meu papel...

E galopo, de paragem em paragem,

sobre meu pônei, de nome "Devastação".

E em todos lugares passados,

as cenas se apresentam as mesmas:

Jovens alucinados.

E mandantes em berço de ouro...

Homens e mulheres torturados.

E mandantes em berço de ouro...

Seres velhos e alquebrados, todos desrespeitados.

E mandantes em berço de ouro...

Crianças abusadas e escravisadas.

E mandantes em berço de ouro...

E então, como um justiceiro,

que afinal é o que sou,

espero, sem rancor e nenhum sentimento,

se reunam os mandantes,

na divisão das riquezas para,

cavalgando meu negro corcel,

num só golpe, lhes cortar as cabeças...

Sergio Pantoja
Enviado por Sergio Pantoja em 02/03/2011
Código do texto: T2823767
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