O PASSEIO DA MORTE
O PASSEIO DA MORTE
Vou montado em um negro corcel,
Viajando por mundos decadentes,
Assistindo a seres dementes,
Adubar com carnes humanas
e borrifar de sangue, as terras...
Nos caminhos do espaço (eu invisível),
aos mandantes empresto,
minha lâmina de aço.
E os vejo, lá do alto impassível,
pelo ouro fazer meu papel...
E galopo, de paragem em paragem,
sobre meu pônei, de nome "Devastação".
E em todos lugares passados,
as cenas se apresentam as mesmas:
Jovens alucinados.
E mandantes em berço de ouro...
Homens e mulheres torturados.
E mandantes em berço de ouro...
Seres velhos e alquebrados, todos desrespeitados.
E mandantes em berço de ouro...
Crianças abusadas e escravisadas.
E mandantes em berço de ouro...
E então, como um justiceiro,
que afinal é o que sou,
espero, sem rancor e nenhum sentimento,
se reunam os mandantes,
na divisão das riquezas para,
cavalgando meu negro corcel,
num só golpe, lhes cortar as cabeças...