Fantasmas perfeitos

Rompe-se o silêncio dos fantasmas perfeitos,

o artista da fome é aplaudido com calmo sadismo

Escorrega a face estreita sem vacilar

Nos esconderijos do céu cinzento,

repousa a insanidade de Baco

A chuva gelada castiga, derrete

O olhar, a retina, seus trejeitos

Brota de sua pele a doçura da alma

É preciso enxergar na tua humilde nobreza o poder de se enxergar

Carinho, palavras desenhadas, afeto de cimento

Recordações empilhadas num esquecido saco

Sonhos demasiadamente espaciais, no abismo de charrete

Baco Trôpi Renton
Enviado por Baco Trôpi Renton em 05/03/2011
Reeditado em 06/08/2013
Código do texto: T2829530
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