LETRA VIVA
LETRA VIVa
Reinvento a alquimia
No podre poder do fazer
Ou de transformar,
Sei lá...
Alfarrábio
Que dorme, dormita.
A natureza jamais morre,
A quantas anda?
Medita, edita
Palavras metrificadas,
È poesia ou nada?
Contra a corrente
Sou somente
Mentiroso contumaz,
Audaz pesquisador
Busco o consolo indolor,
Acadêmico, doutor,
Ou poeta fingidor
Que finge a dor, com ardor!
Ambíguo viver.
Coleciono frases
E graduo-as
Na escrivaninha d alma
Onde escavo
Como cão danado,
E aí o verso brota
Açoitado no galope,
Do suor, onde sangue.
Une ou separa
Averbando tempo
Na escrita insana,
Queimando alma
Não o corpo,
Açoitado ao sabor
Do pecado capital.
Inquisitivo é o labirinto
Na fuga o grito,
Explode a Rosa não tão longe,
Hiroxima finalizada
No ouro que o Mago
Transforma ou não
Ouro atômico???
Letra viva. nasce morta.
Aborta por fim
A poesia.
Alquimia do dia
Sabia, desconhecia,
E a letra reinventada
Na alquimia do dia
A noite tardia,
Trazia o conhecimento,
No cansaço o lamento
O sono, o tormento,
A esperança o alento
Saber, aprender
Ser, poder
Ter de reviver
A letra, as letras.
Unas.
Moisés Abílio,
Dia 15 de Setembro de 2007 as 1835 h.
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