CORPO E ALMA
Queria estar onde está a minh’alma
Libertar-me das grades desse corpo
Rogar-lhe abrigo em suas asas
Alforriar-me desse templo morto
Estar onde estão meus eus absortos
Sair do conforto onde fincam os pés
Transpor as marés, ignorar os portos
Navegar em barco solto nos igarapés
Mas, minh’alma, de mim está longe
E não responde aos meus acenos
Eu penso que ela até se esconde
Distante do corpo – em silêncio
Ivone Alves Sol
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Se não respondo ao silêncio
É porque a mim mesmo não escuto
Minha alma calada espera
A hora de ser absoluto
Luto por um amor que clama
Distante de ser
Próximo de estar
O tempo é a resposta que, espero
Chegará a seu coração...
MÁRIO SÉRGIO ANDRADE
Obrigada, Mário! Sua presença enriquece minha págiana e alegra minha alma. Bjs com o meu carinho!