JONAS
Ah como as ondas são bravias
Neste mar que quebra a nau
E como são ocas e vazias
Nesta fuga em águas sombrias
Levam para o fundo abismal!
Longe já ficou a costa,
Vai rumando em alto mar
Turbilhões em respota
Da sua vil aposta
Levando a nau se quebrar.
Algas por toda a cabeça
Acorda em atroz escuridão
Oh grande peixe obedeça
Mesmo que não reconheça
Por sua sutil traição!
Depois de ao mar lançado
Reinara aquela bonança
No mar que agora descansado
Silêncio do seu véu estirado
Nascera a nova esperança.
Erguendo a voz ao alto,
Em verdadeira e cheia oração
O mar bravio, incauto,
Já marinheiro exausto
As ondas em elação.
Do âmago de tudo gritou,
A voz do alto lhe ordena,
Palavras na boca colocou
A quem mensagem levou
Fazendo valer a pena.
Níneve, a grande cidade,
Jonas, o profeta de D´us
Trouxe palavra e verdade
Ao povo em promiscuidade
Mundando os caminhos seus.
(YEHORAM)