PELOS FRIOS MARES
Não vou aos meus baços pensamentos
Corromper de vez a minha leva
Pelos frios mares que tanto neva
Nas urdiduras dos fortes ventos.
E no mar agitado de ondas altivas
Que barbaros piratas temem navegar
Pelas as águas turvas do imenso mar
Infestadas de beligerantes águas vivas.
Esta minha vida de balouço marítimo
De muitas tempestades e negrumes
Que n`alma corroem por ciúmes
Das ondas do meu amor legítimo.
E neste rigoroso inverno vem a bonança
Para apaziguar o meu temor paterno
Das turbulências que trazem o inverno
Renovando, assim, a imortal esperança.
Quero agora de volta a firme terra
Com os pés sobre a rocha calcificada
E lembrar sempre desta jornada
Que como é turva a triste guerra.
E logo as minhas nevosas cãs
Que não dou a vulga intimidade
Para o forasteiro a liberdade
De me ver todas as manhãs.
(YEHORAM)