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VaI MaiS uM CoCôZiNho Aí? kkkkkkkkkkkkk

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A velha não tinha assunto

Todo dia era um defunto

Que a velha se punha a chorar.

Um dia o vizinho, o marido

A neta

Outro dia, na festa,

Lá vinha o cachorro a morrer.

E a velha, sem perceber,

Não virava o disco da vitrola

Era sempre a mesma estória

Na sala, banheiro ou cozinha

Na varanda e até na escola...

Uma choradeira sem fim na caixola.

Um dia virou para mim

(para alguém iria sobrar)

E me disse assim a gritar:

'- QUEM VOCÊ PENSA QUE É?'

Dei um sorriso amarelo

Mas, no fundo sincero

Para dizer do que souL.

'- SouL uma alma qualquer

Que diz sempre o que quer

Nem sempre sou entendida

E se for velha mal comida

Ainda menos irá me entender.

Posso dizer a você

Que tenho uma vida bendita

E que os amigos eu sei escolher

Mas, velha siririqueira e doente

Sai de perto, pra mim não é GENTE."

Então, sem satisfação,

Emendou num outro rosário

Agora é o ignóbil salário

Que ganhava por nada fazer...

E outra ladainha: era pouco!

E fazia ouvido mouco

Para o restante da vida

Mais uma novela sem final

'A velha e o salário banal.'

"E meu caminho?"

Obrigada! Um AnJo BoM guarda

Pois é reta de torta

É caminho de VanGuarda.

Nem sempre compreendida,

Nem sempre querida,

Mas que provoca, ah!, provoca!

Que a minha letra em ti ARDA.

É isso que me faz bem,

É disso que não vivo sem,

Este é o salário da SuPeRioRidaDe.

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xll CLaRa Lee llx
Enviado por xll CLaRa Lee llx em 25/04/2011
Reeditado em 25/04/2011
Código do texto: T2929674
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