REPOUSA O SILÊNCIO
Repousa o silêncio na madrugada,
Rutilam as estrelas na escuridão,
A lua brandamente apagada
Vela por seu dever n´amplidão.
O sonhos fremem na atmosfera
No sono de toda a humanidade
Que pelo dia, indolente espera
Por um tropel de mediocridade.
A noite é dona do descanso,
Rainha dos sonhos e devaneios,
Como em alto mar e manso
As naus descansam em seus seios.
Mas logo vem do sol, os raios
Do dia que com seu calor consome
A vida no imo dum mar de lacaios
Espera o meio dia quando aperta a fome.
Mas se sobrevive na noite, a alma,
E a nau resiste aos perigos do mar,
Se se conhece a duração da calma,
Chega ao porto seguro, o seu lugar.
(YEHORAM)