É estranho o ser humano

É estranho o ser humano

Vive a vida que lhe dão

Enquanto outra debaixo do pano

Nos seus sonhos vai entrando...

E nessa outra que não existe

Ele é mais do que sendo

Nessa em que vai vivendo,

Que, sem forças, ainda insiste...

Se apegando a novos sonhos

Cujas cores o tempo acinzenta

E nossos olhos ficam tristonhos

E nossa alma não mais agüenta

Os sonhos são coisas complicadas

Às vezes temos tudo á mão

Basta acordar para não termos nada

A vida é uma,

A vida é outra

A gente é os sonhos que a gente tem

Devemos correr atrás dos sonhos

Se não vamos

Eles perdem a cor

E nós deixamos de ser

E nos transformamos em outro

Noutro que trilhou por onde um só sonhou...

Mas entre dormir e acordar,

Num espaço em que não há...

Deixando de ser é que ele é,

Mas outro, estranho, alheio até...

É estranho o ser humano

Vive a vida que lhe dão

Enquanto outra debaixo do pano

Nos seus sonhos vai entrando...

Sebastião Alves da Silva
Enviado por Sebastião Alves da Silva em 16/11/2006
Reeditado em 17/11/2006
Código do texto: T293238
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