MUDANÇAS

E agora muda o tempo esfria

Do calor que me inundava acerbo

Foi tão quente que no céu percebo

Nuvens cinzas em plena flor do dia.

Se meu corpo de suor molhava

Túmido tostava-me o mormaço

Que me percorria ligeiro pelo braço

E depois alígero vento frio me tocava.

A mudança súbita de temperamento

Que ocorreu no tempo a estação;

Refrescante brisa é da viração

Como muda o homem seu pensamento.

E lá fora sinto que chega o inverno,

Ventos frios, brisas sopram salientes,

E rostindo a face quebrando correntes

O fero calor ficou só lá no inferno.

As copas da árvores num prelúdio,

Agitam-se turbadas pelo vento festivo

Celebrando a volta deste bravo altivo,

Que vascoleja a janela este vil "tripúdio".

Mesmo que o sono faça pesar as pálpebras

E eu ainda vejo as brumas sem temporal

Me pedira neste corpo um beijo fraternal

Estou sob as cobertas de vacilantes álgebras.

(YEHORAM)

YEHORAM BARUCH HABIBI
Enviado por YEHORAM BARUCH HABIBI em 26/04/2011
Reeditado em 27/04/2011
Código do texto: T2933130
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