MUDANÇAS
E agora muda o tempo esfria
Do calor que me inundava acerbo
Foi tão quente que no céu percebo
Nuvens cinzas em plena flor do dia.
Se meu corpo de suor molhava
Túmido tostava-me o mormaço
Que me percorria ligeiro pelo braço
E depois alígero vento frio me tocava.
A mudança súbita de temperamento
Que ocorreu no tempo a estação;
Refrescante brisa é da viração
Como muda o homem seu pensamento.
E lá fora sinto que chega o inverno,
Ventos frios, brisas sopram salientes,
E rostindo a face quebrando correntes
O fero calor ficou só lá no inferno.
As copas da árvores num prelúdio,
Agitam-se turbadas pelo vento festivo
Celebrando a volta deste bravo altivo,
Que vascoleja a janela este vil "tripúdio".
Mesmo que o sono faça pesar as pálpebras
E eu ainda vejo as brumas sem temporal
Me pedira neste corpo um beijo fraternal
Estou sob as cobertas de vacilantes álgebras.
(YEHORAM)