Cara Doidão

Suas teorias “locas” como minhas palavras soltas, pairam no ar em completa harmonia me fazendo rir.

Ele é engraçado em sua própria desgraça, mas feliz ele se faz, pois outro caminho não poder seguir.

Talvez esteja bêbado,

talvez não tenha tomado o seu remédio

mas talvez esteja apenas em essência.

Sentado em seu banco de trem ele consegue iludir com eloquência.

Eloquência essa rara

eloquência que separa

eloquência que me admira.

O cara doidão fala, fala e fala, parece não se importar com suas palavras esdruxulas, como sua forma de ser.

Talvez tenha um amor,

talvez um amor ele queira ter.

O cara doidão então se cala e com isso o silencio se mostra e a duvida paira.

Por que parou?

Por que não se completou?

Por que é feliz se tenho mais... não sou?

Então o cara doidão se deixa contemplar, se deixa admirar.

O segundo em silencio é a alma falando, talvez até gritando, com com certeza ele deve estar pensando.

Em um dia quente de verão o cara doidão, me tirou o riso do peito e me cumprimentou, mesmo eu não conhecendo esse tal sujeito.

Então as portas se abrem e assim me vou, deixando o cara doidão para trás com o momento de riso fugaz.

Angus Mac Og
Enviado por Angus Mac Og em 28/04/2011
Código do texto: T2936124
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