Cara Doidão
Suas teorias “locas” como minhas palavras soltas, pairam no ar em completa harmonia me fazendo rir.
Ele é engraçado em sua própria desgraça, mas feliz ele se faz, pois outro caminho não poder seguir.
Talvez esteja bêbado,
talvez não tenha tomado o seu remédio
mas talvez esteja apenas em essência.
Sentado em seu banco de trem ele consegue iludir com eloquência.
Eloquência essa rara
eloquência que separa
eloquência que me admira.
O cara doidão fala, fala e fala, parece não se importar com suas palavras esdruxulas, como sua forma de ser.
Talvez tenha um amor,
talvez um amor ele queira ter.
O cara doidão então se cala e com isso o silencio se mostra e a duvida paira.
Por que parou?
Por que não se completou?
Por que é feliz se tenho mais... não sou?
Então o cara doidão se deixa contemplar, se deixa admirar.
O segundo em silencio é a alma falando, talvez até gritando, com com certeza ele deve estar pensando.
Em um dia quente de verão o cara doidão, me tirou o riso do peito e me cumprimentou, mesmo eu não conhecendo esse tal sujeito.
Então as portas se abrem e assim me vou, deixando o cara doidão para trás com o momento de riso fugaz.