SONHO COM A NATUREZA

Eu sonho talvez com utopia

Por desejos de só ver o bem

Tenha o homem nada ou ninguém,

Tenha, então, simpatia.

As virgens pastagens, pastam lá,

Os gados que esfomeiam alfombras

No calor do dia descansando às sombras

Antes que toque o berrante sabiá.

Quero ouvir a cachoeira gritar

Em chamados ao mundo, um convite,

Com seus estrondos anunciar

A sua presença posta sem limite.

É meu sonho ver a natureza

Enleada ao homem num dossel

Se fundir em verde, a riqueza,

O maior presente lá do céu.

Ou se o índio de extinção funérea,

Não sumisse deste quadro pitoresco

Mais seria um linda visão etérea

De edênicos lugares e parentesco.

Sonho, talvez, com um devaneio:

As coisas em seus devidos lugares,

Na noite silente apenas o veio

Caçando o seu destino nos mares.

Olhar nas árvores os laivos salientes

Desenhando abstratas figuras

Que os olhos enganam dementes,

Mas lhes falarão com mesuras.

(YEHORAM)

YEHORAM BARUCH HABIBI
Enviado por YEHORAM BARUCH HABIBI em 29/04/2011
Reeditado em 29/04/2011
Código do texto: T2937703
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