O SUSSURRO DA BRISA

Eu vou novamente sozinho,

Sem mais, sem menos sonhar,

Não sonho com este caminho,

Pois sonho de novo amar.

Não sei se neste enlevo

O amor que me ateia chamas

E depois um verso que escrevo

De idéias um tanto insanas.

E eu, num invólucro orvalho

Da madrugada lôbrega e fria,

Num olhar sem um agasalho,

Voava, ao longe, uma ave sombria.

A ave que distendera suas asas

Sobrevoara deliberada na´amplidão;

Sua sombra corria ligeira pelas casas

Como que numa correta missão.

Assim fico a imaginar ao fundo,

Além de etérea visão que me aflige

Sem muito entender deste mundo

Quando, a mim, ele se dirige.

E se volto a sonhar que errante

Minh´alma vai de canto em pranto,

Como a brisa vem sussurrante

Ao pé do ouvido um encanto.

(YEHORAM)

YEHORAM BARUCH HABIBI
Enviado por YEHORAM BARUCH HABIBI em 09/05/2011
Reeditado em 10/05/2011
Código do texto: T2959854
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