O tempo e a morte

O tempo nos consome o tempo todo

A morte minha depende da minha vida

Tempo, morte e vida, inda severina são

Da existência consequência e razão

Uma pela outra não se troca

Dá-se a outra pela uma vez ou outra

Ah, quantas vida tivesse há tempo!

Ah, tempo mais tivesse pra uma só vida!

Justo, acordado, acerta os neurônios

posto que um rei é morto e a dama

de lilás jaz , decaída sem hormônios

Sob o balcão, ou cadafalso, o passo

Em falso e morto será, um fracasso

A trama é toda urdida, sendo a vida