ARESTAS

Adormeço no cárcere da alma

Intrínseco sabor de nostalgia

Na cavidade do tempo

Acumulo meu prelúdio, meu delírio

A esperança é tolhida, prolixa

Minh’alma está cansada

É hora de romper as arestas

Sulcar o sumo obsoleto

O inefável sabor do dissabor

A sensação de nunca chegar

O insosso veneno, o ínfimo desejo

A imutável dor, decadente, delirante

O estigma da ferida

Quero sacramentar a razão

Sofismar a primazia da alma

Sobre esse velho corpo incólume.

Castro Antares
Enviado por Castro Antares em 08/07/2011
Código do texto: T3083712
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