Parede Centenária

Estava ela, ali,

Parada

-parede centenária -

Sem muito que fazer,

fechou os olhos

Por um instante,

Remoçou a velhice do sulco da face

Expôs-se à vaidade

Sentiu, de novo, orgulho da vida

Vasculhou segredos em calhas

a fim de parar o tempo

naquele sonho

Tarde demais,

o sonho já pertencia a outro

Bruno Cabelo
Enviado por Bruno Cabelo em 05/12/2006
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