APOCALIPSE, a revolução

Os olhos verdes-mel pareciam angelicais.

Teu rosto, de ser sublime.

Teus gestos alegres.

Tuas palavras encantadas.

Acostumamo-nos.

Reparei mais atentamente.

Dei por mim

(antes me dava só por ti).

Os olhos, na verdade, amarelados eram de predadora.

O rosto, sem nenhuma maquiagem, era caveira da Morte sem capuz.

Teus jeitos e trejeitos eram de um traiçoeiro bobo-da-corte

pronto para matar o rei.

Teu andar, de uma anã instruída a envenenar a princesa.

Teu quadril, de um lado rebaixado, denunciando o andar descadeirado

de uma cadela raivosa.

Tuas palavras, magias das trevas, a iludir o ouvido.

Foi dada a revelação:

És o espírito mais ordinário que antecipa o APOCALIPSE.

Quem tem ouvidos atentos para ouvir,

Faça a REVOLUÇÃO

Ou padeça eternamente no fogo de teu INFERNO.

L.L. Bcena, 28/03/2011

POEMA 325 – CADERNO: CHEGADA NO PORTO.

Leonardo Lisbôa
Enviado por Leonardo Lisbôa em 18/07/2011
Código do texto: T3102472
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