LEÃO DE MARFIM

Urge o tempo,

um turbilhão de pensamento.

Ruge o leão cinqüentenário,

imponente, robusto, lendário,

não o temo, vejo-me nele.

É o rei da selva, sou o rei do nada,

nesta selva chamada universo.

Teu marfim é ouro,

meu ouro é o fim...

sou animal na escadaria de concreto,

com um leão ao meu lado.

Meu irmão suplica uma migalha,

uma migalha de atenção,

na escadaria da igreja branca,

onde o eu animal descansa,

na companhia do humano animal.

Castro Antares
Enviado por Castro Antares em 24/07/2011
Reeditado em 24/07/2011
Código do texto: T3116236
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