À mmm (MORROS VIRTUAIS)
D. Colina se revelou
Ora planície causticada pelo Sol ardido,
Onde não há vida,
Onde não há morte
(se há morte, houve vida,
se há vida, haverá morte)
Só o espaço vazio onde nada houve,
Onde nada nascerá.
Ora montanhas
Marcadas por escarpas,
Onde o quê existe é o tudo
Expresso por pedras,
Vento gélido
E almas murmurantes.
Os carneiros foram só miragens de um lobo perdido.
As pastagens, armadilhas
E a linda pastora
O rosto da mentira.
Os morros
Ora se planaram
Ora se elevaram.
Perderam-se com a Poesia.
L.L. Bcena, 06/08/2004
POEMA 341 – CADERNO: CESTA DE VIME.