O TRÍDUO DE UM DIA...

Amanheço, quando brota em mim versos de amor

E deixo a luz (a minha luz) como o sol

Entrar por todos os caminhos...

E, desse jeito, já não vinga a dor!

Amanheço, quando me lembro de mil beijos

E deixo o vento abrir porteiras,

Como abrem em mim mil desejos!

E vai passando o dia...

Entardeço quando a lida do dia de mim se esquece

E deixo brotar os sonhos que esqueci um dia!

Entardeço, quando de mansinho a luz esmaece...

Entardeço quando os sons se perdem alhures

E se despedem do dia, deixando no céu restos da tarde...

Entardeço de tanta saudade!

E depois...

Anoiteço, quando só resta a partida da lua solitária,

chorando pontos de luz,

Esses vaga-lumes do céu...

Anoiteço e fico triste, pois mais um dia se foi...

O que sobrou do dia de hoje? Uma vida acabada?

Não sei... Meus versos ainda perambulam ao léu,

Ainda resta a madrugada...

(Poema feito durante o Sarau do

PORTAL DO POETA BRASILEIRO, dia 08/08/2011)

Rachel dos Santos Dias
Enviado por Rachel dos Santos Dias em 09/08/2011
Reeditado em 09/08/2011
Código do texto: T3149247