PESO DE PLUMA
a velhice, gorda, cancerígena, calva,
a minha frente enlaça-me.
Excitava-se de desejo.
eu tirava, de mim, os seus braços em abraços
ela sussurrava-me aos meus ouvidos com voz cavernosa:
-sim! sim! sim!
foi quando eu divisei a juventude.
Ela ainda sorria para mim.
a velhice, vencida, resmungou irritada:
-você não é pluma não!
L.L. Bcena, 30/08/2004
POEMA 356 – CADERNO: CESTA DE VIME.