A brisa, o desejo do vento !
A brisa, o desejo do vento !
O vento é cinza
transparente
grafite,
negro,
assume várias aquarelas
ou é de cor indefinida ?
Já o vi tão colorido,
tão parecido com o arco-íris
porém em dias nublados
de tão acinzentado que se mostrava
em furacões de medo
a mim se apresentava .
Peça-me o cintilar das estrelas
dizia o tempo
ao esclarecer ao vento
o poder sensual da brisa
no que o vento respondia
que me mostraria
o brilho de um olhar.
Peça-me,
a maciez das pétalas juvenis
e sentirás em movimentos suaves
o esvoaçar dos cabelos ao vento .
Peça-me o frescor do sereno
o refrescar do orvalho
e descobrirás a doçura do respirar
sentindo em sua boca
o meu hálito .
Queiras o calor do sol
em seus raios fervorosos
que sejam refrescados
pelo meu suave sudoeste
a refrescar tua face
e assim,
não sentirás ardor em tua pele.
Quando aprenderei
ou melhor a ti ensinarei
a sentires ao vento ?
Sempre o entenderei
de forma preponderante,
como o presságio de tormento ?
Como sopra indiferente,
sem me dar boas vindas,
me tornando assim inerente
aos desejos das orquídeas mundanas .
Aos desejos de uma flor sacana
transforma lindos sonhos
por mim fantasiados
em pesadelos desencontrados
nas dores que a mim encontram !
Cumpre seu mistério,
me deixa sempre cego
ao mal presente.
Vento,
ao menos consente,
soprar em refrigério
à alma carregada,
a mil fardos atada,
até que não sinta o peso
deste imenso mistério.
Desejas minha entrega total ?
Não queres que eu seja parcial ?
Vedes então,
a vontade da mundana
e ganharás a paz de um sorriso,
de quem menos espera .
Peça-me a imensidão do universo
e descobrirás
a força de uma paixão .
Querendo a suavidade da lua,
a brisa toca o luar
que passa a iluminar
tua face com ternura .
Peça-me
o embriagar da emoção
e te darei o amor
vivido na emoção .
Peça-me
tudo o que quiseres,
que não encontrarei dificuldades em te dar .
Pois todas as virtudes que procuro
em você minha doce e suave brisa
eu vou encontrar !