Dúvidas incertas

Eu queria ter a coragem de te olhar nos olhos e dizer tudo o que eu sinto

Mas por mais que eu tente mais e mais eu me reprimo.

Eu queria isso, era isso que eu queria

E ao mesmo tempo, não foi isso o que eu sempre quis.

Assim como as feridas se curam

Assim como os pássaros voam

O dia vem após a noite

E mais uma vez eu me encontro em um beco sem saída.

Será que eu sou a única pessoa a sentir isso?

Ou será que a minha anormalidade é maior que a minha sanidade?

Todos choram e deixam escorrer suas lagrimas

Elas são a forma que o interior tenta expor o sofrimento à visibilidade externa

Alguns sofrem mais que os outros, nem que seja um pouco

Mas no fim, todos sofrem, eu sei.

Deveria eu aceitar esse argumento como forma de consolo?

Deveria eu entender com meus sentimentos loucos?

Ou deixar tentar a razão pensar em outra forma

Para que ninguém veja a quão tola e boba é essa dúvida incerta?

As discórdias entram em harmonia

Assim como as mentiras são uma verdade

Assim como nunca nem sempre é tarde demais

Assim como em nunca existe o jamais.

spring
Enviado por spring em 21/08/2011
Código do texto: T3173589
Classificação de conteúdo: seguro