MEIO MUDA MEIO RANZINZA

Eis aqui uma parada

vou contar meio baixinho

encontrei uma danada

que ficava num cantinho

Ela vivia rangendo da vida

reclamando de sua tristeza

ela nem via uma saida

mas a queria com certeza

Se enamorou por uma donzela

que lhe mostrava o horizonte

e o seu nome era "janela"

e queria fazer-lhe uma ponte.

Se apresentou rapidamente

Sou uma "porta"como pode ver

E sempre vivo aqui descontente

pelo que vejo sempre acontecer

Passa dia e passa noite

e por mim muitos vão passar

eu me sinto como num açoite

pois não saio do mesmo lugar

Mas quando notei sua presença

Ai quieta me olhando num canto

Eu rapidamente e sem pedir licença

vim chorar pra ti o meu pranto.

Quero enlaçar nossas vidas

nesta casa fazer nosso espaço

te chamar de minha querida

te presentear com um laço

Sei que parece uma utopia

me abrir os sentimentos

é que em ti notei, reluzia

todos os meu pensamentos.

Sei de seus braços abertos

me mostrando uma saida

por isso estou bem certo

por você estou caida...

inspirada no texto CANTO DA PORTA de Mário Macedo de Almeida

CIDA MOURA
Enviado por CIDA MOURA em 08/10/2011
Reeditado em 26/12/2011
Código do texto: T3264563
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