Da janela da alma
 

Debruço-me a contemplar as vidas
Maturou-me as ideias incansáveis
Ando vendo enigmas sútis do amor
Que são desconexos e arbitrários
Vidas em amálgamas mixtas
Que precisam ser desfolhadas
Da janela da alma debruço-me
vejo as côres lindas estações floridas
Depois côres sem cores, envelhecidas
E lembro a fome que matam as vidas
Vejo o passado e sinto desejo de seguir
Não quero voltar seria sofrer duas vezes
Só não quero sentir a dor da solidão
Ou o descaso da vida diante de mim
Mas hoje eu celebro a vida que flui
numa oração anjos usaram poesia
A noite pachorrenta silenciosa muda
estou quase dormindo em inércia

Amanha será um novo dia agradecerei
da janela da alma deixo que morfeu
domine por um tempo em sua bricadeira
de sonhar …..As vezes rindo de mim.
Penso em teus braços me envolvendo…