FANTASMA DO PASSADO
Olá, como vai você?
Há tempos não falo contigo
Pensou que tivesse morrido?
É...quase estive lá
Não sabia aonde ir
Como sempre estava perdido
Pelas trevas andei escondido
Sorte ver a luz na janela brilhar
Voltei como o filho pródigo
Não há banquete nem vinho
Na verdade, voltei por algo prometido
Numa bela noite de luar
Você abriu depressa a porta
Devia ter me esquecido
Ao invés, mostra que sou bem-vindo
E se vim aqui te matar?
Quer agora ouvir as histórias?
Você sabe que vou exagerar
Para fingir ter tido um motivo
Que me fez te abandonar
Durma agora, depressa
Seus olhos dizem muitas coisas
Imagino como foram longas
As noites à minha espera
Preciso pedir um favor
Acho que preciso chorar
Expulsar a dor
Será que dá para me abraçar?
Abrace agora, com força
A madrugada é minha hora
Na aurora vou embora
Pois logo virão me procurar
Agora é adeus de verdade
Não vou mais voltar
Deve me esquecer, não sentir saudade
Ou da próxima vez, venho te matar.