TREVAS EM MIM

Piso em falsos pisos,

Furo meus pés nos espinhos,

Procuro uma luz no lugar de risos...

E encontro carência onde havia carinhos...

Vejo a frente a carroagem,

Vejo a dor em mim brotar,

E lagrimas descem... e meus pés à margem...

E entro em pânico... deixo meu amor me matar...

Meu ódio por mim... me corrói...

Me sinto reprimida e sem rumo...

Aos poucos vou caindo e cacos cortam... dói...

E então me levantando... corro... sumo...

Perdida... é um vale escuro.

Meu pensamento é um pesadelo obscuro...

E meu coração apertado... eu anulo...

Mas é ruim... não posso aguentar... é dificil suportar...

Trevas em mim...

Pensamentos sem fé...

E eu dispenso pela manhã... café...

Caem pelo chão... cacos cortam, há solidão...

E me desprezando ao reflexo sinto batento esse coração...

E me dispenso juntamente...

E essa mente... dispensada.

E dispenso... seus conselhos...

Que não me serviram de nada...

E dispenso meu remédio...

Pois só aumentou o meu tédio...

E escrevo uma poesia...

Para curar a minha agonia.