DO FUNDO DA ALMA

Sentar na beira da calçada
Num instante findo para memória eterna
Quando se percebe a profundeza da alma
Lucidez que acalma.

Na certeza
A mente sempre se rende a beleza
Do que vem e fica
Na idade, sensação que determina
Relaxar no dia.

Da poeira que sobe na calçada
Perfume da natureza que absorve mágoa
Nossos delírios
Nossas angustias nada fixam
Quando como folha desprendida
Viajamos na superfície do vento
Canta soa como lamentos
Mas é o som suave ora alimento
De olhos marejados ao prazer de sonhar.

Rio que corre para o mar
Que lambe a areia fina desejar
Chegar até o seu reinado
E adormecer com este prazer ao lado.


 


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