ANACONDA

Como exigir compreensão

Mágica poção da consciência ecológica

Órbita de uma maioridade evolutiva

Se o ser humano e os seus, regem os mantras da rixas

Perpetuando-se de forma dissimulada, engajada, irônica

Ao dissecarem os problemas de seu tempo de forma crônica

Distribuindo um misto de inferioridade congênita e religião.

Fica difícil

Pelo excesso de clima opressivo

Caras lavadas, mesmo com a pexa de omissos

Tântrico absenteísmo ao "deixarem tudo nas mãos de Deus".

Reina-se em gôzo

Na gangorra personal dos doutores

Suas famílias, esposas sem pudores

Estertores de sacanagens vielas, mal camufladas

Castas inflamadas por um amanhã fatalmente teimoso.

Em seu bôjo

Filhos frágeis, amendrontados

Alguns rarefeitos, perturbados

Vivendo por aí, sem ter o por quê.

Neste antro o que se vê?

Além desta devassa inusitada

Bocas desarticuladas cravando farpas

Ostentando sorrisos cósmicos, fóbicos

Dispnéia em consórcios, dos que não tem chão para pisar.

Dentro deste alinhamento ideológico

A sensação do incontrolável do clautrofóbico

Ofertando desesperos danados, supra-sumos arrastados

Ciranda peculiar de deuses, surtos e pleonasmos

Na calada das noites com suas fantásticas saladas de açoites

Coices e pupilas dilatadas, insônia de cabritos e ovelhas estrupadas.

Então como viabilizar o planeta?

Se a maioria das pessoas encapsulam-se vesgas

Lúcidas dos melhores venenos, perfil dos escrementos

Filiadas ao descaso, carrapatos, estrelas da degenerescência genética

Falta de ética, vírus, ranços, espalhados por estes vampiros do cotidiano.

Alexandre Halfeld
Enviado por Alexandre Halfeld em 11/01/2007
Reeditado em 12/01/2007
Código do texto: T343543
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