ANACONDA
Como exigir compreensão
Mágica poção da consciência ecológica
Órbita de uma maioridade evolutiva
Se o ser humano e os seus, regem os mantras da rixas
Perpetuando-se de forma dissimulada, engajada, irônica
Ao dissecarem os problemas de seu tempo de forma crônica
Distribuindo um misto de inferioridade congênita e religião.
Fica difícil
Pelo excesso de clima opressivo
Caras lavadas, mesmo com a pexa de omissos
Tântrico absenteísmo ao "deixarem tudo nas mãos de Deus".
Reina-se em gôzo
Na gangorra personal dos doutores
Suas famílias, esposas sem pudores
Estertores de sacanagens vielas, mal camufladas
Castas inflamadas por um amanhã fatalmente teimoso.
Em seu bôjo
Filhos frágeis, amendrontados
Alguns rarefeitos, perturbados
Vivendo por aí, sem ter o por quê.
Neste antro o que se vê?
Além desta devassa inusitada
Bocas desarticuladas cravando farpas
Ostentando sorrisos cósmicos, fóbicos
Dispnéia em consórcios, dos que não tem chão para pisar.
Dentro deste alinhamento ideológico
A sensação do incontrolável do clautrofóbico
Ofertando desesperos danados, supra-sumos arrastados
Ciranda peculiar de deuses, surtos e pleonasmos
Na calada das noites com suas fantásticas saladas de açoites
Coices e pupilas dilatadas, insônia de cabritos e ovelhas estrupadas.
Então como viabilizar o planeta?
Se a maioria das pessoas encapsulam-se vesgas
Lúcidas dos melhores venenos, perfil dos escrementos
Filiadas ao descaso, carrapatos, estrelas da degenerescência genética
Falta de ética, vírus, ranços, espalhados por estes vampiros do cotidiano.