O homem que comia cachorros quentes
Faço o desfazer
Verbos regulares e substâncias proibidas
Aglutino reinos de casca perfumada
E frágeis mulheres decoradas
Não é o não
E não é o sim
Passo adiante o DNA
Deixo memórias corroídas
Uma buzina na rua
Um motor barulhento
Pneus no asfalto molhado
A noite existe na pele da cidade
Queira ir mas não vou
Desculpe a lágrima no rosto e mão no bolso
Não me aproximo da estrada
Resmungo, tudo o coração mente
Deixo a paz para os profetas
O que penso traz a guerra
Nem a luz é eterna
Preciso pagar a conta atrasada
As palavras se misturam na sacola do supermercado
Frases jogadas no cristal azul
Estrelas alinhadas próximas dos olhos
A padaria da esquina embrulha as fatias de ilusão
Poema biodegradável
Assume formas impossíveis
Cria paradoxos inesgotáveis no espaço
Garrafas de bebida nas prateleiras
A mente passeia num deposito de lixo
O espírito tenta reciclar o abismo
Enquanto os dados dançam no distante
Os anéis pesam nos dedos