O homem que comia cachorros quentes

Faço o desfazer

Verbos regulares e substâncias proibidas

Aglutino reinos de casca perfumada

E frágeis mulheres decoradas

Não é o não

E não é o sim

Passo adiante o DNA

Deixo memórias corroídas

Uma buzina na rua

Um motor barulhento

Pneus no asfalto molhado

A noite existe na pele da cidade

Queira ir mas não vou

Desculpe a lágrima no rosto e mão no bolso

Não me aproximo da estrada

Resmungo, tudo o coração mente

Deixo a paz para os profetas

O que penso traz a guerra

Nem a luz é eterna

Preciso pagar a conta atrasada

As palavras se misturam na sacola do supermercado

Frases jogadas no cristal azul

Estrelas alinhadas próximas dos olhos

A padaria da esquina embrulha as fatias de ilusão

Poema biodegradável

Assume formas impossíveis

Cria paradoxos inesgotáveis no espaço

Garrafas de bebida nas prateleiras

A mente passeia num deposito de lixo

O espírito tenta reciclar o abismo

Enquanto os dados dançam no distante

Os anéis pesam nos dedos

carlos assis
Enviado por carlos assis em 25/01/2012
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