Reuniao dos Poetas Mortos
Era um dia de estrema melancolia
Pássaros não voavam
Bois não pastavam
Nem cavalos cavalgavam
Não era um dia comum
Era um dia que parecia noite
Tudo escuro e com neblina
Não avia mais poesia
Era dia dos poetas mortos
Grilos e Mariposas
Abelhas e Marimbondos
Ninguém nada fazia neste dia
Mais somente em um velho casebre
Em uma pequena montanha
Chamada Belzebre
Havia luz acesa
Acontecia ali
A reunião tão esperada
De todos que já morreram
E os que não sobreviveram
As catástrofes que sempre vivemos
Reunião dos poetas mortos
União do bem com o mal
Do certo com o errado
Do amarelo com o vermelho
Não entrava a vida
Nem a rosa sobrevivia
A tão grande melancolia
De quem morreu
E fazia presente naquele dia
Medo não se sentia
Mais ninguém insistia
Em adentrar naquele lugar
E participar da Reunião dos Poetas Mortos