Páginas da solidão
Cem anos de solidão
A paisagem na estrada
É cada vez mais fraca
Confusa, quieta.
E é sempre assim
O silêncio muralha em mim
Rebate minha sanidade
Nas horas exaustas vistas de perto
No balanço que fazem
As águas de minhas lágrimas.
A arquitetura em versos
Mergulho nas cinzas, retalhos dos sonhos.
Eu não me esqueço.
Certeza há, um dia, de inverno ou sem lua,
Fecharei pra nunca mais meus olhos
E os sonhos condenados a solidão
No castelo submerso de saudade
Estes jamais, Nunca passarão.
Jane Krist
São Paulo, 14/01/2007
ao som poético de:
Jair Oliveira
Intacto
(..) Às vezes o silêncio tapa os buracos
E o amor prossegue intacto(...)