Foi assim...

E quando eu penso em ir

me chamo de volta e afogo vontades

disfarço cantando aquela música

pinto uma chuva fina caindo

colorindo de água meu corpo

acuado, encabulado, tímido

gritos, vozes e verdades idos

tilintam nos muros que ergo

ultrapassado por castigos imputados

disfarçados, encravados na rocha

meu peito abriu guarda e entrou

inusitadamente por um descuido

uma noite qualquer de verdade

onde tudo se fez sem elos, correntes

a liberdade foi só mais uma utopia

de quem o cativeiro é a morada

pois nada serve de desculpa

quando nos guiamos pelo sentimento

Ana Maria de Moraes Carvalho
Enviado por Ana Maria de Moraes Carvalho em 03/04/2012
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