Menina torta

É dia e o sol invade a janela,

Sob um ranger abre-se a porta,

Vagarosamente vai ela

O seu destino pouco importa.

O sinal da cruz e uma vela

Um hábito que não se exorta,

Seu olhar perdido desvela,

Uma inocência morta.

Ao me ver, sorri amarela,

Timidamente se comporta.

E eu penso: Ah! como é bela

Quem dera não fosse torta!

Priscila Neves
Enviado por Priscila Neves em 11/05/2012
Reeditado em 31/08/2017
Código do texto: T3661298
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