O TeMPo das CoiSaS

Os segundos em fila indiana

Serão passados um a um

Nas sombras dos ponteiros em dias iguais,

- Cotidianamente -

Sem a conta que se dá ou repara

Os segredos em fila indiana

Serão descobertos um a um

Nos soluços das emoções descontidas,

- Estupefactamente -

Sem a conta que prende e oprime

Os mistérios em fila indiana

Serão decifrados um a um,

Nos pensamentos produzidos,

- Descomplicadamente -

Como fruto amadurecido no pé

Os amores em fila indiana

Serão vividos um a um

No êxtase da maior paixão,

Na prova do amor pleno,

Na tristeza do último aceno

Ó Deus que se deu,

Da sílex ao silício

Ao homem escolheu

Da sobriedade ao vício

Colocou ordem nas coisas

Cada pedra em seu lugar

Fez com que assim fosse

Pra só depois descansar

Mas, minha desordem em mim,

Desafia qualquer ordenança

Meus sonhos não têm idade

Segredos emanam liberdade

Mistérios são frutos em morte

Meu amor seu renasce em sorte

Carlos Alberto de Souza
Enviado por Carlos Alberto de Souza em 27/05/2012
Reeditado em 08/12/2012
Código do texto: T3690106
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