Fora do tempo

Me viro para as ruìnas do passado

Andando entre as construções do presente

Que se desmoronam a cada passo meu

Vejo com surpresa que as ruìnas de ontem

Resistem ao tempo e ao temporal

Dos risos maliciosos da eternidade

Me volto ao passado sem apêgo

Apenas imensa saudade

Procurando respirar

Nesse ar antigo

Os sonhos de ontem

Que ainda me sopram esperança

Hoje e sempre

Quebrando meus desencantos

E enxugando meus prantos

Vou além do que vejo

E me fere

Vou além do que sinto

E me magoa

Andando sempre

Agora

Nos rastros vivos

De outrora

Me admiro desse movimento

Que ergue no infinito

Sonhos de amor e de paz

Que jamais serão esquecidos

Sonhos eternos

Luta constante de ser

Existir

Amar

De outra maneira

Conquistando liberdade

Lutando pela justiça

Pois o desejo de ir

Sempre além do mal

Faz de nòs todos que lutamos

Um Ser igual !

Além...muito além

O tempo não mais existe !

Rita De Aragão Santana
Enviado por Rita De Aragão Santana em 05/02/2007
Reeditado em 15/06/2010
Código do texto: T370112