Equilibrista de plantão

Uma bailarina cega

rodopiando no lustre

que cai e morre

Um pedante preso

por cenas obscuras

e verdades claras

Veio

com um ar de fada

e assim criou o nada

e um guarda chuva branco

que ele guardava

Um suspiro ao longe

chuvisco no pé molhado

Podia jurar que ouvi algo

da mariposa alada

ou seria

da joaninha na escada?

Veio um sussurro forte

e uma breve gargalhada

de um menino mudo

que jura não ter fumado nada

Um pequeno mundo

e escadas flutuando

enquanto o ócio se confunde ao vácuo

ele sai voando

nas asas do burro alado

Triiiim fez o relógio

Acorda, lava a cara!

O lustre continua no chão

E fios dependurados

desafinada
Enviado por desafinada em 12/02/2007
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