FÚRIA NO MAR

o mar revolto me amedrontava

a pequena embarcação seguia seu rumo

mas venço o medo e logo me acostumo

sensação estranha para quem não é do mar

ainda é dia, a fúria das águas aumenta

situação assim jamais tinha visto

procuro contornar, com força resisto

na cabine, avessa, Irene dormia

apenas nós dois nessa hora difícil

ela então acordou muito assustada

a chuva piorou, a tarde já adiantada

e o vento castigando com toda rebeldia

perdemos o controle na fúria do mar

uma forte onda em Irene se lançou

perdeu-se nas águas e o barco virou

levando meus sonhos e meu grande amor

adeus, Irene, agora só posso lamentar

agarrado aos destroços vi o tempo mudar

a noite chegara, era só escuridão

e a angústia chegando no meu coração

Moacir Rodrigues
Enviado por Moacir Rodrigues em 06/08/2012
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