Dejavu
Há um batuque em meu esôfago das
noites reunidas, ontem, aqui do lado
de fora da janela.
Ninguém irá conter o que passou,
mas posso permanecê-lo para reavivar
quando sentir a culpa dessa saudade
De forma que reinverto o futuro,
se tenho um grito em mãos porque
não acariciá-lo?
Sim, temos dedos e os pensamentos
batemos os pés para mostrar
que não estamos preocupados
é preocupante a humanidade,
também cabível.
Todos os absurdos lhe pertencem, naturalmente.
Batucam amanhã, aqui do lado da janela
A música aquece, cria uma expectativa
nas esferas dos olhos
será que é preciso estender o presente
como costumamos nos portar?
A porta foi aberta e a estufa
dos tambores explodiu os colchonetes
o bombardeio, imagine só,
até alivia o cansaço, quem diria!
Nós vestidos de branco, combinando as
cores dos dias
amarelando ao contemplar o vermelho
azul da tarde
com cheiro de passado, mais uma vez
tudo ilusão. Esse cheiro, quando acontece
não se engane!
é na verdade um planejo
açúcar no azedo,
a fuga quando se pretende unir
não seja tão pessimista, alguns questionariam
não foi o seu pé banhado em
água fria.