Dejavu

Há um batuque em meu esôfago das

noites reunidas, ontem, aqui do lado

de fora da janela.

Ninguém irá conter o que passou,

mas posso permanecê-lo para reavivar

quando sentir a culpa dessa saudade

De forma que reinverto o futuro,

se tenho um grito em mãos porque

não acariciá-lo?

Sim, temos dedos e os pensamentos

batemos os pés para mostrar

que não estamos preocupados

é preocupante a humanidade,

também cabível.

Todos os absurdos lhe pertencem, naturalmente.

Batucam amanhã, aqui do lado da janela

A música aquece, cria uma expectativa

nas esferas dos olhos

será que é preciso estender o presente

como costumamos nos portar?

A porta foi aberta e a estufa

dos tambores explodiu os colchonetes

o bombardeio, imagine só,

até alivia o cansaço, quem diria!

Nós vestidos de branco, combinando as

cores dos dias

amarelando ao contemplar o vermelho

azul da tarde

com cheiro de passado, mais uma vez

tudo ilusão. Esse cheiro, quando acontece

não se engane!

é na verdade um planejo

açúcar no azedo,

a fuga quando se pretende unir

não seja tão pessimista, alguns questionariam

não foi o seu pé banhado em

água fria.

Shauara David
Enviado por Shauara David em 06/08/2012
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