ASSOMBRADO

ASSOMBRADO

Túrbida foi a noite de verão

Que passou pávida agitação,

O suor no leito, úmido lençol,

Despertara do meu lindo sonho

Para ver o escuro mais bisonho

Antes de nascer a luz do sol.

Logo me senti assombrado

Pelo gesto como forte brado

Do invisível ser que me despertara.

Qual o propósito desta atitude,

Qual seria a sua magnitude,

Ou de onde tal ser me encontrara?

Um espectro vagueia n´alcova

Onde meu corpo cansado se renova,

Mas não entendo esta escuridão

Que amanta turvos pensamentos

No relógio que marca os momentos

Em que batera forte a sua mão.

Mas ainda vem esses mistérios

Desde os tempos em que refrigérios

Foram elevar intensa a oração,

Deprecando aos céus pelo sossego,

Que almas aprendam o desapego

Deste mundo vil de transição.

(YEHORAM)

POEMA DE 10/03/2011

YEHORAM BARUCH HABIBI
Enviado por YEHORAM BARUCH HABIBI em 15/08/2012
Código do texto: T3831656
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