ASSOMBRADO
ASSOMBRADO
Túrbida foi a noite de verão
Que passou pávida agitação,
O suor no leito, úmido lençol,
Despertara do meu lindo sonho
Para ver o escuro mais bisonho
Antes de nascer a luz do sol.
Logo me senti assombrado
Pelo gesto como forte brado
Do invisível ser que me despertara.
Qual o propósito desta atitude,
Qual seria a sua magnitude,
Ou de onde tal ser me encontrara?
Um espectro vagueia n´alcova
Onde meu corpo cansado se renova,
Mas não entendo esta escuridão
Que amanta turvos pensamentos
No relógio que marca os momentos
Em que batera forte a sua mão.
Mas ainda vem esses mistérios
Desde os tempos em que refrigérios
Foram elevar intensa a oração,
Deprecando aos céus pelo sossego,
Que almas aprendam o desapego
Deste mundo vil de transição.
(YEHORAM)
POEMA DE 10/03/2011