Matim

Atrás do matim, jasmin se escondeu,

veio curumim olhar, de nada entendeu.

Noite. Jasmin adormeceu a espera do dia.

O dia abriu de súbito,

mas babava ainda o pobre coitado.

Matim era bom e não o quis acordar.

Veio pertubar o macaco,

atirou um naco de banana.

Despertou, abriu os olhos

e viu um par de pernas magrelas,

alvacentas pernas de dona ema

que se arredou pasto afora

levando o resto da manhã embora.

Jasmin tentou desabrochar mas era tarde,

o mato já se vestia para dormir

Matim, aos modos de bom filho,

também se deu ao luxo da pestana.

Noite. Jasmin adormeceu a espera do dia

e dormiu mais uma semana.

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Nota: tudo aquilo que não acompanha o tempo e sua passagem, há de correr além dos pulmões para alcançá-lo.

Felix Ventura
Enviado por Felix Ventura em 18/02/2007
Código do texto: T385215
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