Cansei das fórmulas alquímicas vazias forjadoras de poesias e fantasias,
porque voar não é possivel, agora eu sei.
Cansei dos malucos belezas vociferando que eu posso porque alguém foi capaz,
loucuras distantes, indiferentes á minha limitada condição e humanidade desafiante.

Decretei minha propria alforria.
Por tanto tempo mantive-me refém de ilusões de que poderia plainar como gaivota e brilhar como o sol,
esquecendo que sou somente raposa que vive trotando, distraida e sozinha pelas planicies vadias.
Assim joguei minhas vestes fora, tirei o baton,
descalcei as sandálias, abandonei o chapéu, tirei a máscara, desfiz-me dos véus, cabelos ao vento,
raposa sozinha, trotante, distraida, alquimista delirante e feliz....

Mariangela Barreto.
Mariangela Barreto
Enviado por Mariangela Barreto em 09/09/2012
Reeditado em 24/10/2019
Código do texto: T3873826
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