Pássaro Kamikaze
Sou um frágil passáro,
Onde se nota francamente meu singelo desejo,
Ânsio simplesmente por algo que me deve: Seu beijo.
Em galho alto da árvore da vida,
Fico a cismar com meus botões.
Pergunto à saudade atrevida,
Quem é esse amor que dá asas aos corações?
Fiz meus vôos altos e rasantes,
Plainei nas ilusões e acabei em desilusões constantes
Trago em minhas asinhas partículas da vida.
Que deveriam servir de exemplo a esta ave sofrida.
Meu amor se foi, foi voar em outras paragens,
Me deixou aqui sem cor, murcha flor em desvantagens.
Quero muito voar contigo,
O céu imenso, nada nos obriga a sermos sómente “amigos”.
Preciso abrir as asinhas,
Procurar a sua rota e encaixá-la na minha.
Se de tudo não puder ter o seu amor,
Cancelarei meu vôo, cairei das alturas de tanto sofrer.
Tal qual kamikaze esquecida da dor,
Não posso voar sem você!