Pássaro Kamikaze

Sou um frágil passáro,

Onde se nota francamente meu singelo desejo,

Ânsio simplesmente por algo que me deve: Seu beijo.

Em galho alto da árvore da vida,

Fico a cismar com meus botões.

Pergunto à saudade atrevida,

Quem é esse amor que dá asas aos corações?

Fiz meus vôos altos e rasantes,

Plainei nas ilusões e acabei em desilusões constantes

Trago em minhas asinhas partículas da vida.

Que deveriam servir de exemplo a esta ave sofrida.

Meu amor se foi, foi voar em outras paragens,

Me deixou aqui sem cor, murcha flor em desvantagens.

Quero muito voar contigo,

O céu imenso, nada nos obriga a sermos sómente “amigos”.

Preciso abrir as asinhas,

Procurar a sua rota e encaixá-la na minha.

Se de tudo não puder ter o seu amor,

Cancelarei meu vôo, cairei das alturas de tanto sofrer.

Tal qual kamikaze esquecida da dor,

Não posso voar sem você!

Mary Rezende
Enviado por Mary Rezende em 23/02/2007
Reeditado em 23/02/2007
Código do texto: T390752