Penas Coloridas

Nesta manhâ apanhei penas coloridas

Para enfeitar-te na luz do dia,

Eram vermelhas a principio.

Verdes e azuis

Da cor da minha imaginação.

Seus olhos brilhavam numa luz intensa.

Apreciarando-me na tentativa de alegrar -te

Na corrida alegórica das penas

Representando ali uma felicidade imensa

a cada conquista de uma cor

encontrei-me exaurindo nesta conquista como se fosse a última

conquista.

Uma celebração diante dos deuses.

Tudo ocorreu numa rua clara

de pessoas

na síntese da vida

humana

assim como a vida

humana.

Subhumana.

Assim

o que nos resta

é o instante.

Ha seu tempo vida veloz

que vagarosamente passa

na certeza do amanhã.

Instantes parecendo eternos em resumo de horas.

Penas

todos alimentos são.

Que pena.

Pétalas...

todos alimentos são.

E amaciam este mundo caos que até o inverno aquece.

E se vestem de beijos.

MARIA DE FÁTIMA BORGES MAGALHÃES
Enviado por MARIA DE FÁTIMA BORGES MAGALHÃES em 23/02/2007
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