NADA NO TUDO

Qual a razão disso não sei.

Nem sei nem a razão

de se ter razão...

Não sei nada!

O saber não é perigoso

o sentir sim.

Sinto,

sinto-me!

Sou:

sou este nada no tudo.

Sou:

um questionário interminável

feito de questões não lúcidas.

Sou:

uma fome que não se sacia.

Como-me por dentro.

Alimento-me de mim.

Flávia Martin
Enviado por Flávia Martin em 23/02/2007
Código do texto: T391087