Segredo

Sabe aquela rosa que eu não ganhei?

Ela ainda perfuma o jardim por onde passei

Em cada canto de poesia me visto de sentimento

Nem sou assim tão efêmera, passageira da agonia

Sou mais um objeto inanimado que restou

Dos nem tão velhos momentos que vivi

O mesmo sol que queima minha velha pele

É o mesmo que queima teu rosto aí tão longe

A mesma lua que ilumina tua madrugada

É a mesma que me leva nas alturas quando quero

Vivemos assim repartindo pedaços de coisas

E nem notamos que vivemos sob o mesmo teto

Um segredo me faz importante demais

Não quero ser mais do que um segredo

Nunca mais...

Ana Maria de Moraes Carvalho
Enviado por Ana Maria de Moraes Carvalho em 01/10/2012
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