Umas e Outras

Busquei o que queria

Achei o que devia

Paguei o débito

Mas fiquei sem crédito.

Sou destro

Não noivo nem casado

Passo noites virando de lado

Numa Mulher não esbarro.

Não entendo de código de barras

Não faço nada direito

Corro atrás de um rabo-de-saia

Vivo pelo avesso.

Sou cheio de dedos

Enfio os pés pelas mãos

Não tenho medos

Só ando na contramão.

Não entendo de tecnologia

Não sei de informática

Detesto matemática

Gosto da lógica.

Vejo tudo, mas não enxergo nada

Sou trôpego nas calçadas

Tenho vista cansada e enfisema

Gosto de poemas.

Dou em cima de mulher casada

Sou cheio de direitos

Me amarro nuns peitos

Mas não tenho mamata.

Não gosto de putaria

Não tenho pontaria

Não tomo umas e outras

Mas me amarro numas coxas.

Não acerto uma

Faço tudo errado

Vivo no aperto

Faço tudo ao contrário.

Não sei quem sou

Tampouco para aonde vou

Não sou contra nem a favor

Mas um dia acerto.

Não sei por que deste tema

Pensei que era poema

Mas é uma abstração

Pelo sim, pelo não.

Se continuar errando e acertando

Pois não sou perfeito

Ao me amarrar Numa

E não ser aceito

Tampouco me manco

Se a Outra não for a eleita

Mesmo assim não desisto

Insisto e faço um arranjo.

Paulo Augusto Menezes
Enviado por Paulo Augusto Menezes em 09/11/2012
Reeditado em 25/02/2013
Código do texto: T3976238
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