Afundamento sem razão

Aquela mulher que morava não interessa aonde

Sua cabeça fora afundando

Afundando-se e

Afundando até que chegou no pescoço, na traquéia

Afundando-se e até que

Chegasse na barriga

Apertava os orgãos digestivos e respiratórios

Afunda o quanto puderia afundará até que chegasse a inexplicabilidade da física por esticar-lhe a pele por e pelo tal afundamento pelo fundamento que ultrapassasse as barreiras da biologia

Afundou, afundava, afundaria profundamente até o mais fundo para que assim no furo chegasse

Até que ela pariu ela mesma

Mas desta vez via-se ao avesso

Ela tinha os olhos pra dentro

T a n
Enviado por T a n em 06/08/2005
Código do texto: T40767